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17 agosto 2010

TERMINOU O SEMINÁRIO DOS APOSENTADOS PAULISTAS EM CARAGUÁ

Imprensa
Termina o Seminário dos aposentados paulistas em Caraguá
Terminou neste final de semana o Seminário da Fapesp –Federação dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do Estado de São Paulo. Durante três dias, cerca de 200 congressistas das mais de 60 associações da Fapesp discutiram vários assuntos, entre os quais a previdência sócia, política e assuntos internos da entidade. O presidente da Fapesp, Antônio Alves da Silva avaliou que o evento foi um sucesso atingindo todos os seus objetivos.
A partir de agora, a Fapesp inclui no seu nome o termo idoso, o que foi aprovado por unanimidade por todos os presentes. A idéia foi apresentada pela sindicalista Glória Abdo, que coordena movimento de idosos no estado de São Paulo e associação dos aposentados dos bancários. Glorinha, como é conhecida levou esta sugestão a Fapesp, porque à população brasileira está envelhecendo e, portanto, existe a necessidade de que uma federação de aposentados também entre nesta luta, para garantir as políticas públicas da terceira idade.
Um dos pontos fortes foi debate comandado pelo professor Osmar Marchese, da Unicamp que traçou um retrato complicado da política social do Brasil. Marchese e congressista debateram temas como a dívida interna brasileira de R$ 1 trilhão e 400 bilhões, o que provoca juros mensais de R$ 38 bilhões, 36% do orçamento brasileiro, infinitamente maior que os recursos aplicados em saúde e educação, de 5% e 3% respectivamente.
Outro alerta feito neste debate é com relação a provável terceira reforma da previdência que é guardada a sete chaves pelo governo por causa do período eleitoral. O governo, segundo Marchese quer aproveitar que à população está vivendo mais para colocar como tempo de contribuição ao INSS de 40 anos idade mínima de 70 anos.
No encontro os congressista prometem exigir compromisso dos presidenciáveis quanto a melhoria na aplicação dos recursos do orçamento, não priorizando a dívida interna, bem como melhorar os salários dos aposentados – sanção do PL 4434 que repõe as perdas- além da derrubada do fator previdenciário e engavetamento definitivo para a terceira reforma, considerada inaceitável.
Os aposentados reunidos em Caraguá garantiram que vão continuar pressionando o congresso, presidente da república e também os presidenciáveis. Debates serão realizados com os candidatos em todos os níveis e os aposentados querem garantia que as políticas públicas para os idosos sejam desenvolvidas. Também aconteceram diversas manifestações com relação a campanha difamatória da grande imprensa brasileira contra os aposentados, que insistem em falar em quebra da Previdência. Esta história desmentida por diversas vezes pelo ministro Carlos Gabas e membros da Anfip – Entidade que reúne fiscais federais, continua sendo colocada em pauta por determinados órgãos. Os congressistas chegaram a conclusão que é ridícula a despesa com os aposentados, R$ 179 bilhões por ano, contra R$ 38 bilhões mensais de pagamento de juros da dívida interna.
Outro assunto polêmico debatido em Caraguá foi com relação a sonegação dos grande devedores do INSS, que inclui empresas de grande porte, que inclusive no ramo de comunicação que lançam campanhas contra os aposentados. Além disso falaram também sobre o desinteresse do governo em fazer tais cobranças e o sucateamento na fiscalização, com poucos fiscais para atuar contra os sonegadores.
A política também foi um assunto que entrou na pauta, pois estamos em período de campanha. Cobrar posicionamento e compromissos dos candidatos, ouvir todos eles, são algumas das metas. A Fapesp vai ouvir no final de agosto o candidato do PT, Aloísio Mercadante e em seguida os outros que disputam o governo de São Paulo. Segundo o presidente da Fapesp, Antônio Alves da Silva a Federação Paulista é apartidária, ouvirá todo mundo, mas orienta aos seus associados que prestigiem candidatos que assumam compromissos com os aposentados.
DEBATE ENTRE ASSOCIAÇÕES DE APOSENTADOS MOSTRA QUE GOVERNO APLICA MAIS COM OS JUROS DA DÍVIDA INTERNA QUE EM PROGRAMAS SOCIAIS E AJUDA AOS APOSENTADOS.
Um debate de alto nível, com representantes das associações de aposentados de São Paulo, diretores da Fapesp, Cobap e convidados. Sob a coordenação do professor e doutor Osmar Marchese, da Unicamp foi mostrada a realidade da economia brasileira, no tocante aos programas sociais e luta dos aposentados. Mais uma vez, com os dados mostrados pelo economista Marchese ficou provado que o governo trata muito mal o aposentado e pensionista brasileiro e investe muito pouco em segmentos básicos para a sociedade em geral. Enquanto os grandes veículos de comunicação insistem em dizer que os aposentados "quebram o país", por causa dos reajustes que são conquistados por eles às duras penas junto ao governo, os dados obtidos pela Unicamp demonstram uma realidade bem diferente. A dívida interna brasileira, que é provocada pela emissão de títulos públicos pelo governo já alcança a estrondosa cifra de R$ 1 trilhão e 400 bilhões. Com uma dívida como esta, o governo é obrigado a pagar mensalmente juros de R$ 38 bilhões (com o aumento da Selic, que determina os juros do período) em um ano é possível imaginar quanto o brasileiro contribui para o pagamento dos juros desta dívida. A soma dos bilhões dos juros é infinitamente maior que os benefícios pagos pelo governo, os mesmos considerados "absurdos" pela grande imprensa brasileira, informou Osmar Marchese. Levando-se em conta que o governo gasta com os aposentados urbanos anualmente, R$ 179 bilhões. Enquanto as atenções de todo o país ficam para o INSS, que tem dinheiro de sobra para honrar as aposentadorias e pensões, dados absurdos ficam praticamente escondidos da maioria da população brasileira. Segundo levantamento da Unicamp, o Brasil investe anualmente apenas 5% do seu orçamento na saúde, 3% na educação, enquanto os juros da dívida interna consomem 36% daquilo que o brasileiro contribui para o orçamento. Marchese, os debatedores não tem dúvidas, que o povo brasileiro, entre os quais os aposentados recebe um tratamento ruim por parte do governo. Entre as perguntas feitas ao professor Marchese neste encontro promovido em Caraguá, a principal foi: “oque fazer?". Na opinião da maioria, o momento é de pressionar os presidenciáveis para que assumam o compromisso de mudar esta política considerada por todos injusta, onde os juros da dívida pública não podem sacrificar à população brasileira, entre os quais os aposentados. “Este quadro tem que mudar, podemos mudá-lo com o voto, quem não assumir compromisso com a Cobap não merece o nosso voto", lembrou Marchese. No Rio Grade do Sul, no encontro programado no inicio de setembro, pela Cobap, os presidenciáveis foram convidados para participarem do encontro. Segundo os dirigentes da Cobap presentes em Caraguá é uma boa oportunidade dos candidatos apresentarem propostas e conquistar o voto de 30 milhões de aposentados brasileiros, que estarão representados em Bento Gonçalves. O encontro comandado pelo professor Osmar Marchese alertou os participantes para que possam levar as suas bases informações que a grande imprensa brasileira não faz questão nenhuma em divulgar. Marchese lembra que os empresários pressionam a privatização da Previdência, ou de boa parte dela, como já aconteceu na saúde e educação, quando a responsabilidade do governo foi repassada para os empresários, que lucram "absurdos", com escolas e planos de saúde particulares, lembrou Marchese
ALERTA: GOVERNO QUER REFORMAR PREVIDÊNCIA E AUMENTAR TETO DE CONTRIBUIÇÃO E IDADE PARA AS APOSENTADORIAS -Assessoria de Comunicação da Fapesp - 09/08/2010
O clima de Caraguá esquentou durante o Seminário da Fapesp, quando os congressitas foram alertados que o governo pretende iniciar a terceira reforma da previdência. As notícias, segundo o professor Osmar Marchese da Unicamp não serão boas. " Se fossem boas novas, certamente o governo já teria divulgado as regras", lembra o economista e também diretor da Associação dos Aposentados da Unicamp. Existe a possiblidade que o governo possa ficar o teto de contribuição para as aposentadoria em 40 anos ou como idade,com direito ao benefício aos 70 anos de idade. Hoje as mulheres precisam contribuir por 30 anos e os homens 35 anos. Ao elevar o tempo de contribuição e a idade minina, inclusive, igualando homem e mulher, o governo joga com dados do aumento da expectativa de vida do brasileiro, opina o economista Marchese. No debate foram unânimes as opiniões de todos os congressitas, que a terceira reforma não pode sair do papel e que seja determinado o fim do fator previdenciário. Neste encontro, o presidente da Cobap, Warley Gonçalles lembrou que as aposentadorias estão em esta crítico, com muita gente tendo que voltar ao mercado de trabalho depois de aposentada. Lembrou que atualmente existem mais de 3 milhões de pessoas aposentadas trabalhando com carteira assinada. Os congressitas em Caraguá dizem que vão pressionar para que a reforma considerada penalizadora não aconteça. As pressões virão a partir desta semana no encontro em São José dos Campos


FONTE:MOSAP(movimento dos servidores aposentados e pensionistas)

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